Eu sei que esse vídeo, logo abaixo, aparentemente, não tem nada a ver com o assunto desse blog, mas a verdade é que o processo todo de graduação strictus sensus, que incluem o meu mestrado e o meu doutorado em engenharia mecânica é em grande parte o responsável por eu ter que desenvolver essa "personalidade artística" como válvula de escape e manter assim minha mente e corpo saudáveis durante todo o processo. A vida acadêmica é muito chata, aliás, quase insuportável, embora eu ame a ciência em sua concepção mais romântica e idealista ou utópica e me sinta extremamente bem dentro de laboratórios (os quais para mim são locais de criação e descoberta, é necessário ter paciência e criatividade, então há um pouco de arte nisso), as pessoas em geral desse mundo científico-acadêmico são muito racionais, nerds, chatas mesmo, sem graça, muito paradas, mentalidade controladora e todo o sistema acadêmico quer nos forçar a sermos dessa maneira conservadora, quadrada, haja vista que a ciência praticada hoje ainda é extremamente controladora, inflexível e está presa no paradigma mais materialista possível. É claro que existem pessoas desse universo acadêmico que fogem bastante de tudo isso que eu disse, mas a imensa maioria tem uma energia rançosa e o próprio sistema as obriga a serem assim. Então, para eu fugir disso e me manter feliz, jovem, saudável e bonita, procurei mergulhar nas artes e esportes o máximo que pude. Pois, após ter finalizado meu doutorado no Brasil/França e logo em seguida, ter realizado um pós-doutoramento na UNL em Portugal, essa sequência foi determinante para deixar minha mente tão estafada a ponto do Pole dance ter sido o resgate da minha saúde e foi exatamente em Portugal durante a realização desse pós-doutoramento que comecei a praticar o Pole dance/sport.
Diante de tudo isso, posso dizer que esse doutoramento em engenharia mecânica tem relação com a arte do movimento, pois se iniciou com o estudo do movimento dos aços de aplicação automobilística e acabou por se expandir ao movimento da dança e dos esportes. Uma vez que a engenharia me "obrigou" a melhorar a minha saúde física e mental, mesmo que de forma indireta, acredito que isso foi um ganho e uma evolução para mim, não me matei de trabalhar para ganhar dinheiro como engenheira mas ganhei saúde, o que vale mais nos dias de hoje (só uma elevada imunidade é que salva alguém do covid, por exemplo), entre outros benefícios de se ter alta qualidade de vida.
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