Conteúdo criado para publicar todo o meu histórico no mundo das artes, mais precisamente, o pole dance e pole sport, tecido acrobático e a bellydance. Aqui, estão presentes fotos, vídeos, histórias e minhas impressões sobre o mundo da dança e sobre tudo o mais que se refira à arte do movimento, como, por exemplo, o surf, em constante atualização. Fui aluna das aulas de flexibilidade, pole sport/pole dance e tecido acrobático no Studio by Emanoela Ribeiro e atualmente pratico o pole sport/pole dance e flexibilidade no SpinFit PoleDance Studio by Nathalie Bonassa e pretendo armazenar neste sítio os principais registros das aulas.
O objetivo é o compartilhamento de experiências com o público dessas áreas artísticas e esportivas ou que tenham interesse em praticar tais modalidades e também a divulgação de futuros trabalhos e eventos.
Uma consequência importante que espera-se obter com a divulgação neste blog dos cursos e aulas que pratico é o esclarecimento da sociedade, principalmente com relação ao poledance, que ainda é alvo de muito preconceito devido ao completo desconhecimento por parte da população em relação à essa modalidade.
Tal modalidade é reconhecida como esporte no mundo inteiro e existem diversos campeonatos por todos os continentes, como a Copa Pan Americana de Pole Dance, Campeonato Brasileiro de Pole Sports, Pole World Cup, o Campeonato Mundial de Pole Dance - Organizado pela IPSAF (International Pole Sports and Arts Federation), sendo que este último contou com a participação de 2 brasileiras entre as finalistas quando aconteceu no ano de 2016 em Florença, Itália. Nesses campeonatos, os avaliadores julgam diversos quesitos, entre eles, técnica, coreografia, flexibilidade, expressividade, musicalidade e trabalho de solo. Portanto, é um esporte de alto rendimento que engloba a arte.
É uma atividade que exige um grande preparo físico, e não raramente, também são necessários acompanhamentos com nutricionista e fisioterapeuta, portanto tamanha dedicação por parte de seus atletas merece, no mínimo, o respeito da sociedade. Se equilibrar numa barra vertical de metal com a leveza de um bailarino transformando força em arte não é uma tarefa simples.
Há muito tempo que eu venho sentindo a necessidade de ajudar a prestar esses esclarecimentos para a sociedade. Assim como muitas pessoas, eu não conhecia absolutamente nada sobre o pole e para mim, era apenas uma dança sensual, até que no ano de 2016, eu fui fazer pós-doutorado em engenharia mecânica na Universidade Nova de Lisboa, em Portugal e como eu sempre estive envolvida com o mundo da dança, resolvi num final de semana conhecer a Dance Factory Studios, em Campolide, Lisboa. À princípio, cheguei interessada em praticar dança indiana e danças aéreas, porém no horário em que cheguei, pude assistir a uma aula de pole dance da Sarita Pollerina e fiquei encantada, foi nesse momento em que senti o quanto a Europa leva a sério essa modalidade como esporte e como arte de alto nível. Foi a minha primeira aula de uma modalidade que eu não esperava que fosse tão rica para o corpo e mente. Pouco tempo depois, quando retornei ao Brasil, minha visão tinha se expandido completamente em relação ao pole dance. Por sorte, na minha cidade natal, existem profissionais excelentes e sérias nessa modalidade, como a Emanoela Ribeiro do Studio by Emanoela Ribeiro e a Nathalie Bonassa do SpinFit Pole Dance Studio. Então, pude continuar os treinos, mas a visão do país como um todo ainda precisa de muito esclarecimento e expansão.
Sobre o machismo e misoginia, pragas a serem combatidas, quero esclarecer alguns pontos a seguir:
A dificuldade é extrema, a probabilidade de cair e se machucar é grande, os hematomas são inevitáveis, a dor é nossa melhor companheira de todo dia, a flexibilidade e o condicionamento físicos necessários são de atleta, a alimentação também tem que ser alterada, isso sem falar ainda sobre a respiração e concentração. E tudo isso pra quê? Pra termos a nossa arte, o nosso esporte, o nosso corpo lapidado para NÓS MESMAS, a nossa melhor saúde e boa forma, a nossa melhor beleza e principalmente a LIBERTAÇÃO do corpo feminino mostrando uma sensualidade que dessa vez NÃO está lá pra servir ao homem, mas que está lá APENAS para servir à autoestima da própria mulher e é isso que incomoda aos machistas e misóginos. E com relação aos machos ignorantes que não sabem o que significa arte e esporte e querem diminuir tudo o que a mulher faz levando para o lado sexual, eu sinto o prazer de lhes informar que nós poledancers não praticamos esse esporte para vocês nem para homem nenhum, homem nenhum neste mundo vale o sofrimento e dificuldade de se praticar uma atividade física desse nível, vocês não merecem nossos hematomas nem nossas dores e muito menos o nosso corpo lapidado, todo esse esforço é para nós mesmas, passamos a nos amar mais, a nos sentirmos mais poderosas e confiantes e passamos a sentir que não precisamos de vocês como vocês acham que precisamos, vocês tem menos da metade da importância que julgam ter em nossas vidas. Portanto, acho que o aviso aos machistas de plantão e aos misóginos foi dado: Nós não iremos parar! Não iremos nos retrair! Não iremos nos esconder numa burka! Vamos mostrar sim nossa força e sensualidade, mas não é para vocês, é para nós mesmas! E o que lhes incomoda é exatamente isso, é não estarmos usando nosso corpo em função de vocês, mas sim em função de nós mesmas!
